As cidades do ciclo do ouro em Minas Gerais: Ouro Preto, Mariana, São João del Rey, Tiradentes e Diamantina ainda guardam seu aspecto colonial, no traçado das vias e nos edifícios.
Planta do “Arraial do Tijuco” atual Diamantina em 1772
Fonte: Arquivo Histórico de Exército, RJ
Centros de turismo, ainda conservam marcantes traços culturais de seu povo, como é o caso das serestas (Vesperatas) de Diamantina, uma bela mostra do povo mineiro, onde a musicalidade é marcante. As serestas tem se mantido renovadas, com a incorporação de músicos jovens aos conjuntos dos seresteiros. A Prefeitura Municipal passou a organizar as vesperatas, onde os músicos cantam e tocam das sacadas dos prédios para o público nas ruas, invertendo nas noites diamantinas a lógica natural das serestas.
foto comprada em uma loja de souvenires em Diamantina, sem crédito de autor
A cidade ocupa uma elevação que é parte do maciço que divide as principais bacias hidrográficas da região: rios São Francisco, Doce e Jequitinhonha, e foi neste local, nas serras de Santo Antônio e São Francisco, que em 1713 foi descoberta uma grande quantidade de ouro. Com o início da exploração do veio, logo foram encontrados os diamantes (1720) e eram tantos que sua exportação para a Europa derrubou os preços da pedra preciosa nos mercados, levando a Coroa Portuguesa a suspender a exploração em 1734, que só foi novamente iniciada em 1739. Apesar dos veios estarem esgotados, ainda hoje a atividade do garimpo continua em Diamantina, podemos encontrar ainda alguns exploradores de bateia em punho trabalhando nos rios, sonhando com o encontro de uma grande pedra.
ruas irregulares típicas das cidades coloniais brasileiras
Duas construções ligadas por uma ponte fechada e suspensa – o Passadiço da Glória
Uma das casas ligadas pelo Passadiço
Muxarabi da Biblioteca Antônio Torres
Foto de José Pessoa
O traçado urbano da cidade, ao contrário da maior parte das cidades coloniais brasileiras do sertão que se assentaram ao longo de caminhos, é concentrado, formando uma mancha compacta, similar as cidades coloniais da costa. Diamantina se constituiu a partir de vários arraiais, como o “de baixo” (na área do Rosário), o Tijuco (onde hoje se encontra a catedral) e o rio Grande (na área do Burgalhau) gerando uma ocupação triangular mais densamente ocupada, que foi depois denominada de Arraial do Tijuco. Um outro arraial, de ocupação mais rarefeita foi o “dos Forros”, que ocupava a região onde hoje estão as ruas Macau de Cima, de Baixo e do Meio.
uma casa provavelmente do século 19
detalhe do balcão de ferro e da luminária da rua
Só em 1831 a pequena vila recebeu o nome de Diamantina, e em 1833 ela foi alçada ao título de cidade. Em 1845 foi extinto o monopólio imperial do garimpo, e este passou a ser livre. Aos poucos fábricas de tecido foram se instalando na cidade, além de pequenas indústrias de lapidação de diamantes e de fabricação de vinhos. Em 1914, Diamantina era o maior centro urbano da região, mas mesmo assim seu traçado urbano e suas construções permaneceram praticamente intactas.
Em 1914 a ferrovia chegou à Diamantina, e a cidade passou a crescer no entorno da estação ferroviária. Em 1930 a igreja matriz de Santo Antônio foi demolida, e em seu lugar foi construída a atual catedral a partir de um desenho de José Wasth Rodrigues, estudioso de arquitetura colonial e barroca mineira.
a igreja-matriz de Santo Antônio
Na década de 1950, o governador e depois presidente Juscelino Kubitschek, natural da cidade, implantou uma série de novos equipamentos na cidade, inclusive um hotel, um clube e uma escola projetados por Oscar Niemeyer.
Escola Estadual Julia Kubitschek – projeto de Oscar Niemeyer
foto do website crv.educacao.mg.gov.br
Na década de 1970 a ferrovia foi desativada e a estação passou a abrigar o corpo de bombeiros, e a nova direção de expansão da cidade passou a ser em direção à rodovia. Em 1997, depois de uma grande campanha, Diamantina foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
as fotos sem crédito são minhas – ao copiar favor conceder os créditos
Legall parabens valeu apena
é tão legal poder conhecer a hitória de uma cidade histórica
Olá, obrigada pelas belas imagens e informações sobre essalinda cidde.
faz 36 anos estive naquela hermosa cidade
e me enamorei dela e su gente
paulo rogerio pinto de carvalho
Diamantina dos meus sonhos…
adorei voces me ajudaram muito com todas ssas informaçoes
Gostaria de parabenizar pela materia, mais informar que a foto da igreja que se encontra a cima nao é a Matriz de Santo Antonio, e sim a Igreja Nossa Senhora do Carmo, mais conhecida como a Igreja da Chica,. Só para nao ficar mal entendido mesmo.
Att,
Sara
A foto da Igreja que aparece ai como igreja matriz de Santo Antônio esta equivocada, essa foto é da Igreja Nossa Senhora do Carmo, a igreja Matriz de Santo Antonio é a Catedral, que não correspode a foto utilizada nesta pagina.
Att,
Sara Villela, Turismóloga
neste lugar comecei minha vida como trabalhador
esta cidade marcou minha vida dai saia estados unidos hoje vivo en espanha tengo um cariño especial por este pequeno lugar saudades destas ruas e los bares e restaurante que frequentei ali en 1972,3 y depois foi embora dali
Obrigada,passear por essas páginas foi um presente de Deus,copiei umas fotos e colei no meu orkut dei-lhe os c´reditos do seu blog magnifíco.Obrigada sou uma simples dona de casa e você me porporcionou um passeio,me deu um presente de Natal,nunca vi nada tão lindo eu adoro ruas antigas,janelas e portas,e aqui teve isso e muito mais.
adorei
Saudade da terrinha!